quinta-feira, 29 de maio de 2008

“Um apelo à consciência”


E aí galera? Pensaram acerca do nosso último estudo? Espero que sim, o que escrevo agora é fruto de minhas reflexões enquanto tenho tido o prazer de ler um livro sobre os melhores discursos de Martin Luther King, chamado “Um apelo à consciência”. Meus irmãos, confesso que sempre me empolgou a vida desse grande líder mundial, que de forma pacífica transformou o mundo. Um pai de família, marido de Coretta King, pastor de uma igreja Batista na avenida Dexter, assim como seu pai e avô, que como um vulcão em erupção ou raiar do sol brilhante em meio a uma tempestade surge, de forma surpreendente e impactante, para o mundo como sendo à grande Voz do século XX. Alguns autores afirmam que nenhuma outra pessoa no século XX, foi tão relevante como fora o Dr. King.
Intrigou-me saber que o seu primeiro discurso formalmente ocorrido em 5 de dezembro de 1955, em resposta à prisão de Rosa Parks, por não conceder seu lugar no ônibus a um branco, ocorreu quando ele tinha apenas 26 anos. Da mesma forma, me surpreendeu o fato de com essa idade mesma já possuir doutorado em Teologia Sistemática que pouco tempo após esse discurso seria eleito o homem do ano pela revista “Time” e posteriormente prêmio Nobel da Paz. Após muito lutar, e transformar não apenas seu país, mas o mundo Martin Luther King morreu aos 39 anos em 1968, baleado por apenas uma bala de rifle, na varanda de sua casa, e me lembro do texto anterior quando pensávamos sobre o nosso tempo aqui na Terra e vejo que, de fato, Dr. King, utilizou seu tempo com maestria e renovo minha pergunta; “Como temos gastado o tempo que o Senhor tem nos dado?”.
Entretanto, o enfoque que gostaria de refletir com os irmãos é “Como podemos realmente impactar nossa geração? Se Podemos impactar o mundo ao nosso redor? E em uma análise individual pelo quê temos lutado? Como temos influenciado às pessoas que nos rodeiam com um pensamento cristão legítimo e contagiante? Quais as nossas respostas à sociedade em que estamos inseridos?
Ainda mais uma vez confesso minha dificuldade em protestar, parece-me “desnecessário” e fadado ao fracasso a tentativa de nos dar um choque e talvez acordar alguns vulcões calados por nossa sociedade. Entretanto, busco refúgio na Palavra e encontro o apóstolo Paulo nos chamando à uma realizarmos uma revolução e a uma transformação no mundo em que estamos inseridos pela renovação que já haveria ocorrido em nossa mente. Nesse texto Paulo exorta a igreja em Roma à modificar a sociedade romana, sobretudo em sua maneira de pensar, através daquilo que o Cristianismo havia feito na mente deles. Exatamente nesse entendimento paro por alguns instantes para mais uma vez refletir e colocar algumas perguntas pertinentes nesse ponto do estudo: O que tem influenciado nossas vidas? O que têm realmente ditado o nosso pensamento, os nossos atos será o Cristianismo vivo ou a sociedade com seu pensamento pós-moderno, onde tudo é relativo e nada é absoluto? Em qual fôrma nossa mente têm sido formada? Novamente me volto a esse texto de Romanos 12.2 analisando esse “chamado” que se inicia com a seguinte exortação; “E não vos conformeis com este mundo...” a preocupação expressa por Paulo se refere, exatamente à grande capacidade que o ser humano possui de se adaptar ao meio em que vive e estando o homem em um mundo que jaz no maligno, estando o homem então se amoldando ao padrão de um mundo corrompido e destruído pelo pecado. Volto então a questionar; temos tomado a forma do mundo ou temos lutado contra os padrões que o mundo nos impõe e temos proposto novos padrões? Temos de forma prática, no nosso dia-a-dia vivenciado qual padrão? Temos, de fato, influenciados de forma cristã a comunidade que nos cerca? Temos oferecido um outro padrão de vida a essa comunidade?
Permanecendo nesse mesmo pensamento, ressalto a história narrada no livro de Daniel acerca de quatro jovens que decidiram não se amoldar ao mundo em que haviam sido inseridos repentinamente pela ocasião do exílio de Israel na Babilônia. Daniel, Hananias, Misael e Azarias, jovens sem defeito algum, de boa aparência, cultos, inteligentes, dominavam os vários campos do conhecimento, reconhecidos posteriormente pelo próprio Rei Nabucodonosor, como incomparáveis, firmaram suas vidas num propósito único de permanecerem fiéis àquilo que criam. E assim, como servos fiéis do Senhor Javé, modificaram a cultura e a religião da maior potência mundial da época, lendo o livro de Daniel por completo temos uma idéia mais abrangente de como esses “heróis da resistência” permaneceram inabaláveis naquilo que criam, mesmo frente à possibilidade de uma fornalha ardente ou de uma cova de leões. Mais uma vez me pergunto frente a mais esse relato bíblico e em meio a tantos outros como José, Davi, Samuel, os apóstolos, o próprio Cristo; Em que temos crido? O que motiva os nossos corações? Será que o que cremos nos capacitaria a sobrevivermos a tantas batalhas e provas como esses jovens passaram? Estamos realmenet firmados na nossa fé cristã? E ainda vou mais profundo: Estamos prontos a enfrentar o mundo com o cristianismo que cremos? Estamos dispostos a pagar o preço que for necessário para impactar a sociedade em que estamos inseridos?
A pouco mais de cinqüenta anos atrás um jovem de 26 anos, chamado Martin Luther King, mais uma vez levantou a bandeira da possibilidade de liberdade, não apenas racial, mas liberdade de sermos agentes de transformação e renovação nesse mundo. Espero, em Cristo, que Deus nos levante como servos fiéis de forma relevante e impactante nessa sociedade corrupta e corrompida na qual devemos brilhar como luzeiros no mundo. Espero, ainda que Deus levante muitos jovens que se revoltem com o modo de vida dos nossos dias e renove-o pela renovação que já ocorreu na nossa mente.
Vamos Acordar Juventude e fazer a diferença !!!!

Que Deus nos Abençoe mais uma vez

Um grande abraço Maciel.